Razões para acreditar
Do meu eu, falta um pedaço mais pujante
Que se perdeu pelos caminhos onde andei
Não sei como nem por que fui claudicante
Mas quero agora é descobrir onde o deixei
Tenho motivos para ser alegre e confiante
Reconheço que conquistei tudo o que quis
Mas não entendo porque sou tão hesitante
Por que ainda vivo a duvidar que sou feliz.
A minha razão tem sua verdade cruciante,
Mas o coração na intensa dúvida se abate
Imerso num medo de sofrer angustiante...
Entre a esperança e a incerteza se debate.
Pois essa condição psicológica asfixiante
Lança meu espírito, já confuso, no escuro
A depressão, como um narcótico viciante,
Faz-me enxergar tudo sombrio no futuro...
Quem dera eu fosse otimista e doravante
A minha alegria viesse em contrapartida...
Que eu valorizasse o que tenho e obstante
A paz voltasse a fazer parte da minha vida.
Adriribeiro/@adri.poesias