Uma Alma Imortal...
Em tempo de pandemia,
Não sei mais sobre o que escrever,
Me perdi! E assim quem diria ?
Que na verdade sempre quis me perder,
Sim eu entendo o quão e complicado,
E que em minhas palavras nunca soube explicar,
Mas de verdades fiz um compilado,
Que jamais alguém fez reparar,
Claro, se escrevo e por isso,
E mesmo sendo viril galanteador,
Me sinto como homem omisso,
Quando não consigo falar de minha dor,
E ela me consome, me abate e corroi,
A cada passo, a cada novo suspirar,
Um pedaço de minha alma, ela destrói,
E o poeta de outrora, já não sabe mais poetar,
Os versos perderam cor,
As estrofes perderam amor,
Perderam identidade, não mais posso negar,
O que era luz, hoje e escuridão que não quer acabar,
Um poeta vazio, e como corpo sem alma,
Como uma estrela sem brilho,
E como calmaria, agora sem calma,
Como um pai, que não tem mais seu filho,
Sim amigos, pela dor me curvei,
Mas também por amor me ergui,
E se a pouco, por instantes chorei,
Quero agora por dias sorrir,
Sim, por que a alma do poeta não morre,
Apenas se deixa pela vida vagar,
E nos caminhos de luz que ela percorre,
Devolve ao poeta o seu poetar,
Minha alma,foi embora com vento,
E já faz muito tempo, que não vejo falar,
Mas bem sei, que embora o tormento,
Em um breve momento ira retornar.
Ate la, e somente ate,
Vou me pondo de pe, a lhe esperar...