Asas
Corre a brisa como um rio
Sem pressa de lá chegar
Natural num desafio
Tão calmo sem se acalmar
No tempo que se gastar.
Perder tempo já perdido
No espaço vácuo a cair
Num caminho ali esquecido
Sem saber da volta ao ir
E mesmo assim poder rir.
Saltar no tempo o lugar
Correr no riso do vento
Lembrar ao passo o voar
Respirar num fogo lento
Sem sentir esse tormento.
Que bom ter asas diabo
Que a vida dói ao girar
Se não muda de lugar!