Hoje eu escrevo um verso perverso.
Cruel ao extremo.
Xiita com silício na mão.
Tudo vai passar.
Mas, é preciso ter calma.
É preciso ter paciência e racionalidade.

Nada adianta essa ansiedade louca
De tudo voltar o que era antes.
O passado não voltará.
A água não passa duas vezes sobre a mesma pedra.
A pedra não é a mesma, o rio não é o mesmo.
E, nem quando desemboca no mar...
O mar já não é o mesmo.

Setembro tórrido.
Fez geleiras derreterem...
Iceberg afundar em sua própria essência.
Precisamos cuidar do planeta.
Parar de desmatar, poluir e agredir
os ecossistemas.

Precisamos nos conscientizar
que somos parte do todo.
E todo sem a parte, não é todo.
E, a parte sem o todo, nem é parte.

Hoje escrevi um verso perverso.
Que atravessa a retina.
Vai até a córnea e 
trapaceia a luz.
Faz das sombras 
um locus de reflexão.
Faz das dúvidas,
um alimento para a alma
sedenta de caminhos e
semi-certezas.

O que fazer agora?
Todos estão insandecidos.
Alucinados ou assustados.
Com tudo e com todos.
O vírus é invisível mas
o medo é palpável e a doença
também.

O verso perverso.
Fica diverso.
Escorre transverso
à esperança
Em paralelo vai
à vizinhança
trazer a bonança
para aplacar nossos
corações.
Bem fixados no plexo.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 09/10/2020
Código do texto: T7083745
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.