ESPERANÇA
A fé, a esperança tecem a alma
As pupilas queimam em chamas
Ao olhar o caminho fixamente
O sol é o horizonte que clama
Às vezes sou poeta imaginando
Sentada na esquina do dissabor
Um coração gemendo de amor
Na esperança que surja cantando
Para afagar a flor, a dor, a solidão
O riso incerto, o pranto e a agonia
A alma que se cobre de magia
Ao último suspiro da escuridão
No divã de um leito esquecido
Acorda lívida evocando alarido
Esperança Castro Vaz
21/11/2019.