Amor terminal (para o amigo Ted)

Meus olhos veem

o corpo definhando,

o coraçao batendo fraco,

a mente vascilando...

Eu quero te abraçar!

Eu quero te dizer...

Você parece estar

não me escutando.

A mão já não alcança

o copo com água.

Querendo aliviar a sede.

a boca não diz nada.

A cama é o limite.

Eu preciso compreender.

O limite é do corpo.

A alma vai vencer.

Meu amigo!

Eu quero aliviar

cada dor sua,

que o remédio não consiga,

mas parece que não sei

a medida ideal.

A doença fulminante.

Minha tentativa tão banal!

O suspiro derradeiro.

A lágrima em mim.

A dizer não é o fim.

A doença é terminal.

Meu amor incondicional.

A doença vem

e tira o meu melhor.

Eu sei que me convêm

entender que é o corpo só.

Tanto sofrimento

tem um limite!

A morte, como vento,

refrigera

e aponta que Deus existe.

LUCIANO AUGUSTO
Enviado por LUCIANO AUGUSTO em 04/08/2019
Código do texto: T6712108
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