Contra a maré
Um amor sem forças,
um amor rebelde,
uma estrada longa demais:
entrego-me à sorte!
Ando a passos largos e apressados
Vendo o fim de um horizonte
A meu lado,
E um céu sem qualquer estrela.
Paro para desamar o caminho
E vejo a estrada.
O vento derruba-me a vontade,
Antes à mão, hoje, bem guardada,
Onde não há qualquer ser que a ache,
Nem mesmo ela.
Parto na chegada para encontrar
A vida de um sofrimento,
Sorriu entre lágrimas pendentes,
Vou-me embora para ficar
No mesmo lugar de sempre.
Um rebelde coração quer amar
Um amor quase sem forças
Que, medrosamente se esconde
Fora dos escombros dos desejos.