Esperança

Esperança

(É preciso acreditar)

Sentirei tua ausência tão tarde

Pela presença da minha saudade

Perceberei tua dolorosa partida

Pela lágrima sofrida da despedida

Degustarei teus beijos reprimidos

Pelo vazio dos meus lábios perdidos

Captarei do teu o olhar todo brilho

Pela escuridão descarrilhada do trilho

Penetrarei no intenso orgasmo esquecido

Pela lascívia do teu corpo não mais despido

O que me restará, então

Além da dor, desilusão?

O consolo vem cavalgando na temperança

Que na estrada amorosa da vida

Vem trajada da mortalha colorida

Costurada pelo fio inquebrável da esperança.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

08 de setembro de 2018

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 08/09/2018
Código do texto: T6443337
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