Vai longe a madrugada
E eu ainda sem saber...
Se admiro, da sacada,
Essa noite enluarada
Ou se penso em você!
Da janela de meu quarto,
Vejo a vida acontecer...
Dói-me mais do que um parto
Quando desse amor me aparto
Que impede o meu viver!
E as lágrimas contidas
De meus olhos a escorrer...
Resquícios de uma vida
Insalubre, mal vivida
Desde que me vi nascer!
Mas, ao fechar a janela,
Descubro-me um novo Ser...
Sou novamente aquela
Mulher forte, sem seqüelas.
Prelúdio de um amanhecer!