PERTINÊNCIA
Para além das promessas de amor,
Existes tu, minha perdição,
Que me aquece o coração,
Com o teu calor.
Calor que de tão intenso me queima,
A alma. Nada me acalma,
Ansioso eu estou,
Triste e só.
Só, vou sobrevivendo a este tormento,
Do teu amor tão sedento,
Procuro um refúgio,
Deste murmúrio.
Murmúrio que passa a sonoro protesto,
Ninguém me escuta, este silencio
Que se tornou meu sustento,
E eu tanto detesto.
Detesto e abomino ser tão maltratado,
Nunca assim eu fui criado,
Hoje é tudo tão diferente,
Jamais serei desistente.
Desistente é fraqueza que eu não aceito,
Farei tudo ao meu melhor jeito,
Vencendo os obstáculos
Com meus tentáculos.
Tentáculos que me defendem dos ataques,
Dum inimigo misterioso, invisível,
Vou esquecer meus achaques,
Serei invencível.
Ruy Serrano - 11.09.2017