VERDADE QUASE PURA

Com aquele olhar agudo

Um toque de amor quase muda

Uma saudade do sertão

E uma vontade

Que invade

Cada conversa em emoção

Um tempo perdido no vento

E uma companheira solidão

Solidificando cada momento

Que perpassa os tristes dias melancólicos.

Agora o tempo é vaidade quase pura

Outrora já havia pensado noutro mundo

Amanhã quase tudo pode acontecer

Mas aquele olhar agudo

Torna-se um ângulo diferente

Como as mãos que passeiam

Naquele corpo bronzeado.

Olhar agudamente cada gesto

Penetrando em sua intimidade

Deslumbrando sobre o que ainda presta

Nessa longínqua e inóspita cidade

Ainda se busca outra expectativa

Que vislumbre sonhos diferentes

Mesmo que cada olhar agudo seja infinito

Em direção a um horizonte resplandecente,

O toque de amor ainda permanece

Naquele olhar penetrante

De uma mulher que ama e chora.

Goiânia - GO, 2004.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 11/05/2017
Código do texto: T5995849
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