VERDADE QUASE PURA
Com aquele olhar agudo
Um toque de amor quase muda
Uma saudade do sertão
E uma vontade
Que invade
Cada conversa em emoção
Um tempo perdido no vento
E uma companheira solidão
Solidificando cada momento
Que perpassa os tristes dias melancólicos.
Agora o tempo é vaidade quase pura
Outrora já havia pensado noutro mundo
Amanhã quase tudo pode acontecer
Mas aquele olhar agudo
Torna-se um ângulo diferente
Como as mãos que passeiam
Naquele corpo bronzeado.
Olhar agudamente cada gesto
Penetrando em sua intimidade
Deslumbrando sobre o que ainda presta
Nessa longínqua e inóspita cidade
Ainda se busca outra expectativa
Que vislumbre sonhos diferentes
Mesmo que cada olhar agudo seja infinito
Em direção a um horizonte resplandecente,
O toque de amor ainda permanece
Naquele olhar penetrante
De uma mulher que ama e chora.
Goiânia - GO, 2004.