últimas lágrimas
Últimas lágrimas
Que seja hoje às últimas lágrimas
Que meus olhos não às vejam novamente que esse rio seque em mim, morrendo toda tristeza,
Toda melancolia do meu ser
Que à fonte do abismo
De onde afloram sequem
Deixando de existir o vazio
Do meu ser,
Que uma revoada de sorrisos,
gargalhadas escandalosas
Sem precisar de piadas
Que à alegria habite aqui
Felicidade faz morada
Neste descampado onde plantaram
Tristeza; toma posse sem sutilezas faz morada em mim
Te entrego meus dias
Trás alegria sem fim
Pois quando cair à noite
Não desejo parar de sorrir
Adeus tristeza, melancolia, fraqueza
Não farás moradia aqui
Pega tua mala, segues teu rumo
Vai te embora pra longe de mim
Quero ser feliz ! Muito sorrir
Quero à sorte de um amor novo
contempla-me cupido barroco
Anjinho de canduras
De outrora capricha nas flechas
Não erras! trás felicidade aqui
onde o amor faz morada
Jamais habita sentimentos ruins
Deixo aqui minha oração
Abandona-me velhas lágrimas
Essa última noite !
Pois quando o sol raiar
À Alegria, o amor
Já estarão aqui !
Ricardo do Lago Matos