"Um Poeta que não era menino"

Há um poeta menino

debruçado na janela

que tece o tempo com seus olhos cor de mel,

que teima em manter-se imóvel e calado

apenas deslumbrando-se com a vida passando.

Por entre seus suspiros em sonho, gritei !

"Ouça a minha voz poeta...

minhas palavras ao contrário,

que tentam dizer o que há.

Essas palavras incompreendidas,

eruditas e profundas...que moldam desejos,

anseios e mundo"

Mas o poeta não era menino

era um homem, que disse-me

"Antes que desapareça,

apresente-me suas verdades"

Estendi meu longo tapete de sonhos

reluzente,

cor de prata,

repleto de palavras e sons.

Onde permanecemos

eu e o poeta

decifrando minhas palavras,

cores e anseios

...e descobri que meu tapete era real.

Fabiola Teleken
Enviado por Fabiola Teleken em 01/03/2017
Reeditado em 01/03/2017
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