VENTOS DO SUL
Chegam ventos do Sul, com nuvens negras,
Carregadas de nada,
Passam para outra morada,
E eu continuo à espera em vão,
Do que não me chega,
Mágoas do meus coração,
Sou vítima de muita inveja.
Chegam ventos do Sul, carregadas de água,
Das lágrimas que lá derramei,
Como água corrente sobre fragas,
Que na minha alma deixou mágoas.
Chegam ventos do Sul, em dias cinzentos,
Vazios e tristes como a desilusão,
De um derramar de lamas dum vulcão,
Chegam ventos do Sul, permanece a ilusão.
Vou continuar à espera,
Que os ventos do Sul,
Me tragam boas novas,
Por mim desejadas.
Ruy Serrano - 05.07.2016