Neve.

Neve que cai, liberdade de viver;

Sangra-te, no ventre da primavera,

Atacando o seu gozo ferido.

Ilumines os chãos antes das ranhuras.

Brindas o inverno, por toda fascinação.

Nas lacunas de tua ceifa tosca,

Alavancas toda pele debutante.

Teu céu, nossa era, eros de deusa.

Na tarde do teu pôr, jaz beija-flores.

A duna de um deserto estrondoso,

Passeando na saudade do amor...

Escondendo formosuras nos ventres,

Quem de vós, têm, há por ser si, outrem!"

Podes vós!-Haveres, lugar por outrem?

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 02/03/2016
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