Esperança esquecida
Vida sem esperança
Cortejo-a desde que nasci
Para tentar sobreviver,
No entanto só apanhei
Com solavancos da dificuldade
E pouco pude
Condensar suas virtudes
Em meu viver.
Satisfazer as vontades
Com os sobejos da ignorância
Transformaram-me neste ser,
Rebelde com a injustiça
E leal com a bondade,
Sempre com olhos fincados
Na desilusão contraditória
Disfarçada de política.
O que resta-nos?
Jogar conversa fora!
Talvez explique o desanimo
Freqüentado a cada dia
Fazendo-me desfalecedor
Das alegrias mochas,
Pelas inverdades empurradas
A força na minha garganta.