Morro

Todo dia morro

ao deitar tenho a certeza

de que morro para ressuscitar

no novo dia

Um segundo é para eternidade

e a cada novo segundo morro

ofegante desta vida insana

vida banal vida de coisa

Quando morro ao deitar

tenho a certeza de que todos

os segundos morridos naquela jornada

se juntarão em uma nova manhã ressurreta

com meu corpo intacto e são mesmo que

a alma combalida peça não ao que vemos

peça que me revolte contra essa vida coisa

e eu sigo morrendo de raiva, ódio e incerteza

inerte com medo de mudar preso as coisas

ao dinheiro e ao trabalho. Mas como mudar?

Céus me ajudem!

Elias F Mourão
Enviado por Elias F Mourão em 18/01/2016
Reeditado em 20/01/2016
Código do texto: T5514665
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