Suma Piedade.

Se de tuas crias se importas,

As vidas que lhe padecem tensas,

Em berço que dentre tu recolhes,

Coroa-se a face dos meus prantos.

Ao lado do anseio desta dor,

Das ruas do mundo que siam vazias,

Em faces que ardem todas intentas,

Dentre os chãos que terçam o izar.

Recolhes ó Senhor, tua mordaça,

__Surtas a cólera que se resvala,

Do severo mundo que se deixa.

No augusto da suma piedade,

Que pelo céu, o sol não germinou!

Pois cá, se foram tantas almas perfeitas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 06/09/2015
Código do texto: T5372984
Classificação de conteúdo: seguro