Perdão...
Se exagerar nas minhas falas, for além das fronteiras,
Expor por demais nossas misérias, de alma solitária;
Cantar em verso e prosa, essa saudade matadeira,
Aquarelar o céu com tintas tristes, uma monocromia.
Meus olhos vermelhos, são por lágrimas que não derramei,
Se o coração vier a ler, perdoa, pelas vezes que falhei;
Saiba, inspiração é ditada pela alma, vem e me acalma, e se versei,
Foi por esse sentir tão bonito, se chamo de amor ou amigo, nem sei.
Vou fechar os olhos agora, esperar o sono, que não vem,
Já é madrugada, e essa alma cansada, precisa calar;
Para ouvir teu silêncio, ver se entendo, isso tudo, meu bem,
Talvez amanhã te veja cedo, logo depois que o sol raiar.
Ou quem sabe, o vazio de nós dois, irá se manifestar,
Contemplar teu verso mudo, pra me provocar;
Me perder entre a saudade, na doçura do teu versar,
Nessa esperança, ainda que pequena, de você me perdoar.