Tempo Acrisolado.

Sob os trilhos de minha morte astuta;

No velejo do tempo acrisolado

Sou o espinho da paineira oca;

Aberto ao mundo por minhas dores!

A rã de coaxe espalhafatosa,

Com sua pele venenosa alertando!

Entre os vícios da serpente faminta,

Transborda de fundismo na fela;

Batendo o olhar pela paisagem,

Toroso nos anseios, mas fenecido;

Sob a clareira que o lobo derrapa.

A púrpura da lua me entorpece,

Apalpando meus sonhos nas raízes,

Debruçando minha alma aos corvos.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 04/06/2015
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