Janela e vida

Abro as cortinas do passado
E em meio a ventania lá fora
Vejo as oportunidades passarem
Como estilhaços ao léu
Ao abrir a janela tento capturar
Talvez minha identidade perdida
Que passa entre meus dedos e não consigo alcançar
Lá fora a vida segue
Como uma Maria fumaça em direção a próxima estação
As lembranças sombrias se projetam nas nuvens acinzentadas
Que faz trovejar e chover
Inundando os jardins repletos de flores secas e aflitas
Na memória, um passado de desencanto e dor
Que se mistura ao cheiro dos assoalhos molhados e quebradiços
A vontade que dá é fechar novamente a janela e não mais tentar
A busca pela felicidade e a luta diária pelos desejos insanos
Fraqueja minha alma ao cair no sono
Os pássaros cantam a melodia matinal
Mais um dia e o sol se põe depois da tempestade lá fora
Abrirei a janela e o cheiro de esperança me chamará para fora
O fluxo segue, a vida encaminha para dias melhores diante de tanta frustração.
O sol sem pedir licença entra pelas frestas da janela
Mais um dia chegou, seguirei em frente para escrever uma nova historia.
Felipe Beckmann
Enviado por Felipe Beckmann em 27/04/2015
Reeditado em 28/04/2015
Código do texto: T5221568
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