choro vazio

quisera existisse um povo cativo

que às vezes não fosse tão indutivo,

e visse com olhos extasiantes

as coisas nem sempre mais importantes

quisera do olho ser o guerreiro

pra me combater o tempo inteiro,

que a chuva não fosse a ingratidão

que molha o terreiro e a alma não

quisera escrever só pras borboletas

pra que elas levassem as minhas letras,

que quando as corujas me enxergassem,

falassem também, mas me escutassem

que houvesse na sombra mais que um abrigo

pra que eu não chorasse tanto comigo...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 14/04/2015
Código do texto: T5206271
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