Margens em Solidões .
Aos teus olhos choram
a agonia da miséria e o descaso!
Sentido ancião, que em mim nascerá a
experiência que as teus braços sinto a dor
de viver meus anos sozinhos.
Triste é as rosas que acobertam os
corpos cinzas à terra.
Onde caminham passos vazios
ao descreverem para si?
Suas Vidas,
largados em declínios por seus corpos
tão franzinos, onde se escondem seus
caules espinhosos ao terem os espinhos
algemados dos tempos de primaveras!
Noites Sós,
jamais sonhaste em tê-las sem proteções
dos teus filhos, que se acovardam
entre seus pensamentos.
Deixando sem cores reais,
que estancam a dor de contê-las.
Sentido ao mar em águas turvas,
de lembranças azuis-reais.
Donde vais,
meu ser desta lembrança algemada do meu siso!
Ao palco que coloca-me a sonhar
esta ingratidão de governos.
Triste emoção,
deixado em rios de minhas indignações reais;
Adormeço aqui,
sonhando em como partir, pela vossa paz leal.
Escute-me meu tempo,
onde zombava-se minhas idades férteis?
Lago é profundo,
ao doce momento que encontro-me entre as
misérias da rua e toda ingratidão da minha família
que findou-me a raiz.
Escondo minha aura, sem brilhos
de esperanças ao meu senhor!
Destes olhos que se foram juvenis,
permaneço ao tento silêncio!
Escutai minha dor, oh dia negro perfurante
aos infinitos de minhas loucuras, donde acendem
tantos tempos, sem deixar-me leal a vós,
que frisam minhas verdades da mente
que acolheu-me aqui.
Hoje vivo de margens em solidões,
largado e ferido sem alimento!
Dizei-me Senhor,
onde está toda verdade da felicidade que almejo;
Entre a grade e as voltas que em mim
ficam absoltas em dias tão intensos, que meus pés
queimam meu tempo juvenil e a solidão.
Triste é o tempo onde fazemos acontecer,
mas ali ficam somente minhas frases,
deixando-me só à saudade abandonada em cortes!
Não peço mais,
do que esta súplica desenhada desta minha época;
Peço apenas,
uma verdade assistida, meu descanso em alimentos.