Grade.

O pássaro que idolatra suas penas se torna incoerente,

Deixando de voar, para se conter e dizer que tudo ao

que o auxilia, o protela de um grão de seu alimento ao

tentar abdicar para si, o quanto vem toda sua inocência.

Feito isto procura se avantajar em seus caminhos rente

ao ocidente de marés baixas, afogando-se em suas cinzas.

Ao transpor toda a veracidade do seu canto, determina um

conhecer abnegado, sempre quando está preso sem grades.

Ao deixar que se transforme em seu labirinto, esta esfera

o acomete, perpetua sua alma ao indefeso rios de prantos,

amanhecendo a cada dia sem destino, decifrando seus dias.

Mas ao se questionar, condena sua própria bela existência.

Quando pressente que errou, transforma-se em tormento ao

rajar de tudo aquilo que aprendeu, mas deixa esta só decisão.

Sem auxílio de alguém, pois se elevam tantas questões que o

mesmo procura, repassar de sua inocência as culturas belas.

Não se pode, contar tudo o que sabemos, mas podemos haver;

Voar rasinho e ali rente aos chãos, tentar pousar entre a sombra!

Então? Quando algo estiver em teus caminhos, auxilie-se do seu

crivo que, não voe, mas deixe tentar ou desfazer esta sua grade!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 31/03/2015
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