Grade.
O pássaro que idolatra suas penas se torna incoerente,
Deixando de voar, para se conter e dizer que tudo ao
que o auxilia, o protela de um grão de seu alimento ao
tentar abdicar para si, o quanto vem toda sua inocência.
Feito isto procura se avantajar em seus caminhos rente
ao ocidente de marés baixas, afogando-se em suas cinzas.
Ao transpor toda a veracidade do seu canto, determina um
conhecer abnegado, sempre quando está preso sem grades.
Ao deixar que se transforme em seu labirinto, esta esfera
o acomete, perpetua sua alma ao indefeso rios de prantos,
amanhecendo a cada dia sem destino, decifrando seus dias.
Mas ao se questionar, condena sua própria bela existência.
Quando pressente que errou, transforma-se em tormento ao
rajar de tudo aquilo que aprendeu, mas deixa esta só decisão.
Sem auxílio de alguém, pois se elevam tantas questões que o
mesmo procura, repassar de sua inocência as culturas belas.
Não se pode, contar tudo o que sabemos, mas podemos haver;
Voar rasinho e ali rente aos chãos, tentar pousar entre a sombra!
Então? Quando algo estiver em teus caminhos, auxilie-se do seu
crivo que, não voe, mas deixe tentar ou desfazer esta sua grade!