NÃO HÁ UM ÚLTIMO VERSO
Não há um último verso, há o seguinte,
Seria injusto desprezar a minha poesia,
Quando ela me deu prazer, minha valia,
Alimentou meus sonhos e meu apetite.
Ainda há muitos poemas para escrever,
Sobre tanta coisa que me surpreende,
Quero que os meus amigos possam ler
O que eu escrevo, para lhes dar prazer.
Poemas há, os mais diversos, curiosos,
Por falarem de amores que atraiçoaram,
São pelos leitores os mais apreciados,
Por serem verdadeiros, assim acharam.
Os poemas para mim mais importantes,
São os que exaltam a natureza e a vida
Dos mais carenciados, pobres inocentes,
Que nunca mereceram a atenção devida.
Não há, nunca haverá um último poema,
Escrever mais poemas, é o meu propósito,
Sinto o maior prazer por os ler e dar a ler,
É a minha vocação, meu profundo dever.
Ruy Serrano - 11.02.2015