"Humanus Solidarius"
Meu Mestre!
Tenho observado,
Todos estes meus anos,
Anos forte em amor,
Fé , crescimento
E dias de labor.
Mostrou-me uma vida em abundância.
Resta em meu peito,
É bem verdade,
O anseio por dias melhores.
Mestre,
As vezes o clarão
Que surge em minha mente
Denota o vazio de minha alma.
Nunca sinto-me preenchido
É como se algo novo
Fosse surgir a cada instante.
Meus olhos não conseguem
Acostumar-se com a miséria
Por mais que ela exista
Desde os mais remotos dias.
Como aceitar a fome
Enquanto, em mesas fartas
Alimentos são jogados aos ratos?
Não posso aceitar
Que milhares caminhem sem destino.
Quero uma sociedade solidária
Na qual a bandeira do amor
E da justiça seja levantada
Acima de todas as demais.
Quero o humano com olhar sincero
Que o abraço seja apertado e verdadeiro.
Que o sorriso seja largo
E que o amor, este sim,
Seja considerado normal.
Meu mestre,
Qual o caminho
Devemos trilhar?