Personagem à Figurante .

Triste de alcatraz do espreito da dor , provendo meus

ares que se soltam as nuvens evaporadas dos mares .

Não estou a parecer , sem ser atingido por algo que

persegue-me pelos espinhos como um silêncio regente .

Olhando ao pôr do sol minh'alma se solta em noites ...

Desejando a noite meu espírito se prende à minha vida .

Pensando sem a alma , por um título da bela questão ?

O decesso é leve , como os pássaros em seus ninhos !

Estou perdido ao palco , estreante das primaveras sem

pétalas em produzirem dores aos olhos que interpretam .

Quando estão ausentes de uma veemência contra a vida .

Postula meu personagem à figurante entre as máscaras

por brilharem as vestes encarceradas , sem descobrirem

os meus tempos de atuar , assistindo a platéia aplaudir-me .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 29/01/2015
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