Definição
Te conheci numa tarde tão silenciosa
Que até o vento parou para nos escutar
Num palco vazio, cenário todo nosso
Em que não sabia se permanecer sentada
Aplacaria toda minha ansiedade,
Mas uma firme certeza eu trazia comigo
Eu sabia porque ali estava
No meu coração uma pergunta saltava -
Quem vem ali? Eu só sabia quem eu esperava
Ah! Se a aflição da espera
Tivesse a calma da esperança!
Todavia, quando enfim você apareceu
Teu sorriso com teu abraço que me recebeu
Acalmava meu coração que se aquecia
Enquanto minhas mãos eram frias
E tudo passou assim feito canção
Nossa acappella, a introdução
Se seguiu em sinfonia
Com o envolver dos teus braços
Com o calor de teu beijo
Com a vibração de teu riso
E a batida de teu coração
Você dormia na calma do meu colo
Enquanto eu te redesenhava...
De repente a vida colorida
Pelos pincéis de nossas mãos
Que já previam uma grande saudade
Já escondida em algum lugar
Esperando apenas o nosso até logo
E o meu ingênuo “não vá”
Porque soube então quem é que havia vindo
Oprimindo toda minha solidão
Presenteando a alegria da companhia
A intensidade do desejo -
Um toque, um beijo
Ah! Por que me tomastes as palavras
Quando tentei ler
Nas linhas dos teus olhos
O que sou para você?
Eu queria te entregar tudo
Mas você não me disse “sou teu”
E eu não pude...
Porque apenas o que eu tinha
Era apenas eu.