Definição

Te conheci numa tarde tão silenciosa

Que até o vento parou para nos escutar

Num palco vazio, cenário todo nosso

Em que não sabia se permanecer sentada

Aplacaria toda minha ansiedade,

Mas uma firme certeza eu trazia comigo

Eu sabia porque ali estava

No meu coração uma pergunta saltava -

Quem vem ali? Eu só sabia quem eu esperava

Ah! Se a aflição da espera

Tivesse a calma da esperança!

Todavia, quando enfim você apareceu

Teu sorriso com teu abraço que me recebeu

Acalmava meu coração que se aquecia

Enquanto minhas mãos eram frias

E tudo passou assim feito canção

Nossa acappella, a introdução

Se seguiu em sinfonia

Com o envolver dos teus braços

Com o calor de teu beijo

Com a vibração de teu riso

E a batida de teu coração

Você dormia na calma do meu colo

Enquanto eu te redesenhava...

De repente a vida colorida

Pelos pincéis de nossas mãos

Que já previam uma grande saudade

Já escondida em algum lugar

Esperando apenas o nosso até logo

E o meu ingênuo “não vá”

Porque soube então quem é que havia vindo

Oprimindo toda minha solidão

Presenteando a alegria da companhia

A intensidade do desejo -

Um toque, um beijo

Ah! Por que me tomastes as palavras

Quando tentei ler

Nas linhas dos teus olhos

O que sou para você?

Eu queria te entregar tudo

Mas você não me disse “sou teu”

E eu não pude...

Porque apenas o que eu tinha

Era apenas eu.

Talipaula
Enviado por Talipaula em 29/01/2015
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