Areias da vida

Ah! As areias homogêneas...

Pergaminho estendido

Compondo a página da vida

Em que se escrevem nomes

E se desenham corações

Onde olho para trás

E vejo os rastros que deixei -

A nenhum lugar cheguei

Mas que ao olhar para frente

Alguém distante avistei

Meus braços já estão abertos:

Coração liberto

Inda que sinta aquele frio

Do medo daquele nó na garganta

Que muitas vezes me sufocou

De que você também passe

E eu tenha que mais uma vez

Ver alguém partindo

Partindo mais um coração desenhado

Que as ondas gostam tanto de apagar!

Ah! As areias homogêneas

Cujos grãos não se podem contar

Mas que contam tantas histórias

Memórias de dias de sol

E de mil e uma noites

Inesquecíveis, mas, curiosamente

Trazendo um mar carregado de segredos

Que quiseram ser pra sempre esquecidos.

Talipaula
Enviado por Talipaula em 16/01/2015
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