Areias da vida
Ah! As areias homogêneas...
Pergaminho estendido
Compondo a página da vida
Em que se escrevem nomes
E se desenham corações
Onde olho para trás
E vejo os rastros que deixei -
A nenhum lugar cheguei
Mas que ao olhar para frente
Alguém distante avistei
Meus braços já estão abertos:
Coração liberto
Inda que sinta aquele frio
Do medo daquele nó na garganta
Que muitas vezes me sufocou
De que você também passe
E eu tenha que mais uma vez
Ver alguém partindo
Partindo mais um coração desenhado
Que as ondas gostam tanto de apagar!
Ah! As areias homogêneas
Cujos grãos não se podem contar
Mas que contam tantas histórias
Memórias de dias de sol
E de mil e uma noites
Inesquecíveis, mas, curiosamente
Trazendo um mar carregado de segredos
Que quiseram ser pra sempre esquecidos.