(...) Devastada para Longe...

Fixa-me saciedade mútua

Percepção válida e envolvente

Aroma das flores na rua

Trazidas ao lar, sutilmente

Deslizes de um desejo puro

O sopro do passado erguerá

Sentimento abandonado e sofrido

Que renasceu, prestes a voar

Abster-se do calor humano

Levando o apego em lembrança

Não há como recolher os anos

Que construidos, retomam a herança

Um mero desejo e enigma

As vestes da alma estão a presença

Segurança, a festa que ilumina

Serenata oculta, prostrada em ofensa

Clemência e retalhados olhos

A luz baniu-se para o monte

Ingressando num interior, simplórios

Trouxe-me a vida, devastada para longe...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 26/11/2014
Código do texto: T5049003
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