Beleza dura
A Dita, outrora dura
Continua sendo dita
Às vazes mal dita, outras bem;
Porém, nunca mais tão dura
Beleza pura, puramente dita.
E muito bem. Obrigado.
Quando a dita era dura,
Para se reinventar o ciclo da vida
Proeza era criança viva
Morte era coisa banal, carnaval;
Fome era bem natural
Agora que a dita é mole
Grita bem alto as línguas de fole!
Não! Não! Não! Não é mole!
Afasta de mim esse cabra!
Cabra da peste, cabeça de girimum!
Que ganha o meu tão suado...
Pra matar sua fome canina!
Sanha suada e nordestina!
Mas o cabra não é mais da peste
É gente honrada, é nordeste
Estado em estado febril,
Foi curado, alimentado
E aceito como Brasil!!!!