Verde Novo
Te escrevi numa folha de cristais
Com leve pincel
desenhei os contornos de um sorriso
Suave, Vadio, infinto talvez
Engrocei olhares
Fiz métricas em alambiques
Passei em costas e levei alguns corais
Plantei um pé de gargalhada
Que pra quem deras quebrar
Um cristal mais duro de cortar
Assim desenhava-se
A poesia de amanha
Adornadas de espaços e virgulas
Por trás de uma cortina de areia
Com Tinta fresca colhida ainda agorinha
Tingindo de vermelho teus lábios
que é pra combinar
Com os perolas
em seu pescoço
flutuei em olhares
pra enfeitar as beiradas
os cantos e os contos
fiz poesia grande
e deixei ela secando
pra um dia te ver de novo.
(Elpidio)