Seja mais...

Um dia desses, quando menos se espera

Ou quando mesmo se espera, ela chega

Repentinamente ou previamente avisada

O fato é que a certeza mais rotineira de todas

Não consegue ser costumeira

Apesar de suas inúmeras repetições

Um dia se consola, outro se pede o consolo

E por mais que buscamos palavras de conforto

As melhores, aquelas que realmente precisamos ouvir

São ditas no silêncio gestual de estar presente

Aquele silêncio que diz tanto e que nos dá a confiança

De que não estamos e nunca estaremos sozinhos

Não precisamos ter palavras, precisamos ser palavras concretas

Sejamos mais amigos, mais próximos, mais amor, mais caridade

Não tenhamos nada, ter aqui se torna supérfluo

Mas sejamos tudo e apesar de tão subjetivo, o tudo pode ser apenas um “eu estava ali” ou “me fiz estar ali” quando precisou de mim

E assim nos eternizamos na vida uns dos outros

Apesar dela ser tão real, tão palpável, a morte não é o fim

A fé, em seu silêncio inquestionável, nos diz isso!

É o quando o menos se torna mais

Feliz Páscoa Dona Maria Luiza!