Bravata
A minha vida nunca foi perfeita
Minhas escolhas nunca foram às certas
Mas enquanto o fracasso vence a glória
Percebo que o errado nem sempre é ruim
Ontem sonhei com minha antiga escola
Durante o intervalo
Eu os observava encostado na tela de arame
Eles se denominavam bravos guerreiros
Mas nem sempre ser bravo é ser justo
A diferença é algo sombrio e assustador
Ser o último é melhor que ser o primeiro
Pois na guerra a frieza é a melhor defesa
Essa é a minha bravata
Meu sol eclipsado
Minha batalha inacabada
Apenas um começo
Sem respostas concretas
Corto meu cabelo
Respiro profundamente
Dessa desgraça
Um novo recomeço
Pois os bravos nem sempre são os justos
Olhar para frente sem remorsos do passado
Pois o fracasso pode ser a vitória
Apenas procuro minha bravata
Ela é pílula invertida
Uma maratona percorrida
Sem ao menos se dar conta
O quão grande o percurso é
É uma montanha escalada
Sem perceber o quão grande é a montanha
Lambo meus lábios
Curo minhas feridas
Fecho meus olhos
E os abro novamente
Posso recomeçar daqui
Posso seguir mais uma vez
Pois sou capaz de caminhar com meus próprios pés