SENTO- ME NAS NOITES DEITO-ME NOS DIAS

Sento-me nas noites, deito-me nos dias,

A escrever,

Vou aos astros buscar inspiração,

E às nuvens a transpiração.

Navego pelos mares, cavalgo ondas,

Descubro ilhas e continentes,

Sempre a escrever,

É o meu alegre viver.

Encontro mulheres que me cortejam,

Eu desconfiado,

Fico indiferente, quero ir em frente,

Sempre comigo sossegado.

A vida não dá para ambicionar mais,

Tenho de viver com pouco,

Com aquilo que Deus me deixou,

E a que me sujeitou.

Continuo atento de noite e de dia,

Com a lua nova ou cheia,

Aflora-me a minha poesia

À minha fértil ideia.

Com a poesia que ainda escrevo,

Sinto-me vivo,

Abro janelas sobre o Mundo,

Que observo surdo e mudo.

Ruy Serrano, 01.01.2014, às 19:40 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 01/01/2014
Reeditado em 02/01/2014
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