PONTAS SOLTAS
Tenho muitas pontas soltas p'ra juntar,
Não sei por onde começar, meu penar.
As mais difíceis são dos meus poemas,
Andam pelos grupos p'ra serem unidas.
As pontas que consegui juntar, partiram,
Não consegui que resistissem, falharam,
As do amor são as mais frágeis, sonhos
De compromissos que apenas iludiram.
As pontas mais fortes, as minhas obras
Também não resistiram aos invejosos,
Que s'apropriaram delas ilegalmente,
E se perderam à distância, p'ra sempre.
Castigo o meu, até ao fim da minha vida
Ter de juntar pontas p'ra tecer um fio
Condutor que transporte, meus valores
E os manter unidos sem nenhum temor.
Ruy Serrano, 05,11.2013, às 19:36 H