TENTE OUTRA VEZ

Nas armadilhas de uma lábia,
um dia, ferida você se deparou
assim como num jardim estranho:
sem flores, e você... aflita,
de espinhos se enfeitou.

Não se aflija: a natureza é tão sábia,
e se mostra sempre o melhor dos caminhos.
Estou aqui com meus carinhos!

Bons papos são bálsamos.
Risos são como a sávia.
Lembra quando valsávamos?
Deixe agir a lembrança mágica.
Tente outra vez, rosa cálida!

Recolha os espinhos e venha rir, sonhar
vem papear, se divertir, recordar; talvez chorar.
Venha dançar e depois dormir. tente se permitir!

No campo, sob a figueira,
escrever, criar um ser inventivo.
Ou na praia, acender a fogueira
quem sabe até... a da libido...
Tudo o que um dia, enfim,
te foi proibido.
Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 29/07/2013
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T4410082
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