Da janela...
Da janela eu via cores e vida,
Eram amarelas, verdes, vermelhas,
Cores de plantas e flores,
E pássaros que cantavam,
Da janela eu via vida,
Era o vento que soprava,
E os galhos balançavam,
Era o sol e o vento em harmonia.
Mas da janela eu vi a chuva,
Que escurecia as cores,
E molhava as plantas,
E inundava as flores,
Mas da janela eu vi o limo,
Que crescia nas pedras,
Tornando o quente em úmido,
Cobrindo o verdadeiro em manta de fria.
Mas da janela ainda havia vida,
Havia esperança,
De que o vento sopraria,
E o calor e as cores daquela janela devolveria.
A janela era do mundo físico,
Mas com minha alma se confundia,
Pois dela eu via o mundo,
E nos meus olhos a minha alma se refletia.