A CHAMA

Se te partiram, cruelmente, o coração

Em pedaços mil, em mil caquinhos,

Segue em frente, não se desfaça em prantos...

Faça por onde juntar os pedacinhos...

Se sentiu queimar-se na paixão,

Consumindo teu corpo de mansinho,

Respira uma brisa de renovo

Para o desejo sumir no remoinho.

Se sofreu cruel desilusão

E há decepção em teu caminho,

Perdoa, esqueça, não te prendas.

Refaça teu sonho em desalinho...

Se foi amargo alvo da traição,

Sentindo-se morrer devagarzinho,

Não olhe para trás, siga adiante,

Hás de esquecer um fato tão mesquinho.

Queima tudo, reduz a dor a nada,

Sopra o resto no tempo, volte à Vida.

Não se deixe ficar amargurada,

Lamentando uma ilusão perdida.

Verás que em meio aos restos da lembrança,

Dessa cinza de dor que em ti clama,

Com o nome maravilhoso de Esperança

Nascerá, brilhando, nova CHAMA!

Rachel dos Santos Dias

7ª Menção Honrosa no I Concurso Nacional de Poesia do CEPAC

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 18/03/2013
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