Meus Versos, Meus Guias
São incontáveis as horas
Já passadas diante deste birô,
Na companhia das ferramentas da escrita
Criadas pelo Homem lá no começo
Dos tempos, de onde vento já se fazia canção!
De onde veio,
E para aonde vai esta locomotiva de versos
Criando sempre um blues em cada estação
Onde a sineta toca e olhares se tocam ao léu?
Para cada poesia,
Um paradigma aberto pelo coração!
Para cada poema,
Um dogma mensurado pela alma!
Dentre as cidadelas
Encasteladas pelo olhar,
A dor devaneia por si só,
Inventando em cada lamento
Uma prece para o pranto de amor!
A fé, também vem pelo silêncio
Emanado pelos céus, hoje outonal,
Como as flores e as folhas que dão ao trem
Um rumo mais harmônico, pitoresco,
Ao gostar ainda vivo dentro do peito!
Auber Fioravante Júnior
16/04/2012
Porto Alegre - RS