RUMO À ESTRADA
Maria Tomasia
Noite inteira acordada,
cansada da mesmice.
Sozinha e abandonada,
chegando à velhice.
O vento lá fora açoitava,
mas não quis nem saber.
Forte chuva ameaçava,
nada iria me deter.
Peguei o meu velho carro
e a marcha engatei.
Embora parecesse bizarro,
uma estrada tomei.
Quem sabe se em outro lugar
mais feliz eu serei?
Sem nada para levar,
nem sei se um dia voltarei.
RJ 25/11/11