POR UM TANTO
Sou quem ama e pede perdão,
Que leva, beija, corre e grita,
Que chora a sua história,
Que perde ao perdoar,
Fluindo a dor pelas suas mãos.
Sou eu quem viu a noite silenciosa,
Deitado, acordado sem sonhar,
Num jeito cansado e perdido,
Imaginando contos felizes,
por uma estrada sinuosa.
Deixa estar toda tristeza
Cercada por fantasias e cores,
Numa festa abraçada de paixão,
Porque dela eu sofro,
mas sigo com toda a sutileza.
Vou assim em cada canto,
Formando um poema sem fim
Em cada dia um verso de esperança
Cada sentido, cada vontade
Como se a vida estivesse por um tanto.