Ainda sangro

Ainda sangro

Estou atolado em um banhado

na escuridão de um pântano,

observando o paraíso d'outro lado

um anjo que voa entre as nuvens

me encarando

não sei se me chama ou se me quer longe

posso sentir no vento suas asas, retumbantes

que chegam ao pântano, meu lar

como um brilho em minha morada

de tragédias e desgraças.

Num suspiro, como último

disponho-me a andar mais um pouco

em direção aos meus sonhos,

quero nunca parar!

sair, talvez, deste chuvoso pântano

a caminho do sol, do anjo.

Pasquali
Enviado por Pasquali em 26/10/2011
Reeditado em 26/10/2011
Código do texto: T3298405