O trigo maduro e a foice do tempo

A paciência e o último demão de verniz,

Num troféu magnífico;

Galardão de uma vida reservado,

Pra um vencedor sacrífico;

Marcas de uma guerra indesejada,

Na face de um templo pacífico,

Encontro de ocasião e circunstância,

Para um propósito específico.

Depois de deixar a arena sob as vaias do Coliseu,

Combalido gladiador retorna para pegar o que é seu;

A bilha d’água sagrada que apaga o fogo de prometeu,

E a sina da orelha furada, que, conveniente pareceu.

A fonte interna reserva, refrigério de muita sede,

Poderia ser outdoor, mas está entre paredes,

Há reinos cuja coroa, só é vista pela rainha,

Quando arrosta o espelho, ela vê a glória minha.

Desculpe o que está boiando, caso pareça hermético,

trato corpo, alma, espírito, portanto, um tanto eclético,

Quisera que não fosse, quadro obscuro assim como está,

Mas, a suma; o Santo que me tem, e a santa que Ele me dá...

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 06/10/2011
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