MANHÃS ROTINEIRAS
E na janela, vetam as persianas,
O fero sol que reina no mundo,
Flores estampam belezas insanas,
Trópicos de um clima profundo.
Latem os cães, o galo proclama
Num clima de sacra alegria
Que amanhece a luz da fama,
Que brilha contente a luz do dia.
A brisa gélida da manhã hibernal
Faz o corpo desejar inda mais o leito,
Mas o sono fenece no final
Para que se levante dia perfeito.
As mãos lestas, já de meia idade,
Preparam o café, cheiro matinal!
Inerte fitando uma saudade
Lembrando da manhdã de natal.
Berra estridente aquela buzina
Do padeiro ciclista gritando: "Pão!"
Lá fora inda frio, mas vai a menina,
De chinelo de dedo arrastando no chão.
São cenas rotineiras das manhãs
Que eu testemunho, inda vivaz,
Embora camuflo em mim as cãs
Pesa nas pernas o sonho da paz.
(YEHORAM)