MANHÃS ROTINEIRAS

E na janela, vetam as persianas,

O fero sol que reina no mundo,

Flores estampam belezas insanas,

Trópicos de um clima profundo.

Latem os cães, o galo proclama

Num clima de sacra alegria

Que amanhece a luz da fama,

Que brilha contente a luz do dia.

A brisa gélida da manhã hibernal

Faz o corpo desejar inda mais o leito,

Mas o sono fenece no final

Para que se levante dia perfeito.

As mãos lestas, já de meia idade,

Preparam o café, cheiro matinal!

Inerte fitando uma saudade

Lembrando da manhdã de natal.

Berra estridente aquela buzina

Do padeiro ciclista gritando: "Pão!"

Lá fora inda frio, mas vai a menina,

De chinelo de dedo arrastando no chão.

São cenas rotineiras das manhãs

Que eu testemunho, inda vivaz,

Embora camuflo em mim as cãs

Pesa nas pernas o sonho da paz.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 28/07/2011
Código do texto: T3123697
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