Os Imperativos

Só o silêncio é capaz de fazer-nos dar um mergulho nos pensamentos

A insanidade de momentos passados são analisadas friamente

Acreditar que as vezes se perde a razão era um momento raro

Embora creiamos nas sementes do tempo

Elas ainda demoraram a brotar

(Semeia!)

Os dias cinzas que outrora invadiam a mente

Fenecem o viver de almas angustiadas

Encontrar a luz parece ser impossível no meio deste turbilhão

Mas erguer a cabeça é sempre tentar

E a possibilidade do crescimento alimenta o espírito

Passa-se a pensar mais

Quem sou eu? O que quero? Que demônios preciso exorcisar?

Que trem preciso pegar rumo a estação favorita?

Pareço que nem mesmo me conheço!

(Conhece-te!)

Essa pressa é inimiga das atitudes perfeitas

E essa busca pela perfeição nem sempre termina bem

Pois quando buscamos as palavras e atitudes certas

Podemos dizer aquilo que o espírito afugenta

Elas às vezes saem trôpegas, inertes...

Outras horas com a força de uma erupção

(reflete!)

A luz agora parece mais clara, meus olhos conseguem vê-la

Dizer adeus no final é sempre difícil

Dizer a Deus que errei é pior

Mas dizer àqueles que estou aqui agora é mais importante

Os imperativos pessoais agora são importantes também

Não pelo egoísmo, mas pela valorização da vida

Pela vontade de potência entregue ao homem no nascimento

(Anda! E não olhe para trás!)