Era um menino calmo...
Foi correndo atrás de sonhos...
alcançou as letras nas cores...
O menino que sorri...
com ou sem brinquedo ele cria história de si...
inventa quando não pode completar...
cria riso ou choro, admiração... nunca esperou...
ódio, com certeza sim...
mas é comum odiar, amar, ter raiva, alegrar-se
com alguma coisa de uma criança peralta...
Seus desenhos eram feios...
Minha mãe se assustava...
Eram coisas que eu via na vida...
nos sonhos e nas fantasias...
O menino sempre foi um pouco diferente... 
Mas todos nós somos assim...
só que alguns acabam sendo muito...
causam algum espanto talvez...
estagnação...
medo?
não... quero olhar as estrelas à meia-noite,
não tenho receio da noite...
Ame sempre...
Menino, sempre digo: olhe, apenas isto!
Olhos veem longe, atrás das paredes...
Alcançam a distância longínqua...
Mas até quando pensará que seu poder é seu?
Cada pessoa tem certa força natural...
pode fazer o que pode...
isto é poder...
Poder não é governar muitos,
não é ser rico,
poder é fazer coisas simples...

(O menino aí estava em 1975)
Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
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