O SONHO DA BORBOLETA
O SONHO DA BORBOLETA
Na diagonal do sono
um sonho palpita.
A madrugada vence os ruídos da noite
e os sons que tangenciam vaga-lumes
prometem auroras para os meus olhos.
Nenhuma nuvem se atreverá
a desfilar sob o meu céu;
quero acordar ofuscada pelo azul
e apagar todas as palavras,
que queiram nadar contra a corrente.
E quando as cores inaugurarem o amanhecer
eu abrirei os braços e me farei borboleta.
Basilina Pereira