VENDEDOR DE SONHOS
Desde os tempos ancestrais,
O homem busca seu conforto,
Quer por paz ou lutas brutais,
Nas histórias de porto a porto.
No mapa de particulares mundos,
Onde nasceram nações em lições,
Dos massacres vãos e profundos;
Não esqueçamos dor nem perdões...
Na clemência tardia da luz da vida,
Que apagou-se com a tal covardia,
Da guerra tão estúpida e já sentida,
Nos homens qual fogo ainda se ardia.
Mas, houve seus belos momentos,
Onde na terra tudo se desenvolveu,
Na paisagem e nos seus elementos,
Um presente lindo que Deus te deu.
No lugar das almas que se foram,
Imagine-os em uma plantinha sua,
Cada qual nas flores que brotaram,
E nas aves que avistares pela rua.
Deixe o coração vagar na sua bondade,
Confraternize com todos os seus irmãos,
Mesmo que em ti haja muita dificuldade,
Nunca mais o ódio correrá em suas mãos.
Perdoe a maldade, o ladrão e o assassino,
Com intensidade na fé, pois o que se fez,
Não mais retornará neste badalar do sino,
E na elevação divina você terá a sua vez.
Na fome que se espalha pelo mundo,
Não se culpes por não poder ajudar...
A maior dor por este golpe profundo,
Tem o endereço certo a quem julgar.
Essa batalha cruel da morte pelo ventre,
Causa-nos uma terrível incompreensão...
Vida ali definhou em ato inconseqüente,
Não existiu religião! Mataram sem razão.
Finja que essas pessoas sejam as borboletas lindas
Que sugam o doce néctar das flores do seu jardim.
No colorido deste manto, lhes dêem as boas vindas.
E no ciclo desta vida tu verás, elas nunca terão fim.
Não darei, não empresto ou alugo, quero te vender sonhos!
E a eles sem exceção dos sentimentos, nada eu irei cobrar,
Para que a todos, não se vivencie mais os sonos tristonhos,
Que dentro de ti haja a vontade de um espírito de luz brotar.