PRISIONEIRO
A beleza que de tí emana
A ternura que vejo em teu olhar,
Onde fulguram dois diamantes
No azul de um céu brilhante,
Como raios de sol a iluminar.
Quando passas sinto a alegria
Surgir nestes lábios ao sorrir.
Sinto o meu peito arder
Como uma fogueira a acender,
Uma onda de calor a me invadir
Este teu sorriso queima como fogo
Quando por mim estás a passar.
Tento lutar, mas que fado
Eis que estou aprisionado,
Preso por este sorriso e lindo olhar
Meiga e perfumada flor
No jardim de sua formosura.
És uma feiticeira ou fada
Pois minh'alma ficou enfeitiçada
Por tí, formosa criatura.
Humilde poeta procurando paz
Que não consegue mais encontrar.
Cativaste-me com tua simplicidade
Alma pura, criatura sem maldade
Flor mulher, sempre a perfumar.